Os diálogos no Sótão da Gina
recebem quase sempre influência sobre algo que se viu ou ouviu recentemente, e
hoje, esta conversa sobre inteligência e simplicidade não sofre qualquer
alteração, mas mais adiante perceberá a razão.
Inteligência e simplicidade parece
que rimam, que andam de mãos dadas, que uma quase não consegue viver sem a
outra – exagero de palavras? – Talvez sim, talvez não! Depende sempre da
perspectiva, e a nossa pode ser diferente da sua, ou apenas mais uma.
Inteligência e Simplicidade
A inteligência parece tão óbvia
aos inteligentes que não precisa de apensos ou artefactos; por si só, ela já basta como a maior e mais
potente ferramenta de trabalho. Por outro lado é uma herança genética que se
aliada à perspicácia, o seu portador é rico e às vezes nem sabe a riqueza que
tem. Mas há muitos que sabem, que valorizam a sua inteligência de tal forma que
não dão importância aos tais apensos ou
artefactos de menos relevância, dando assim lugar a que a simplicidade ande de
mão dada com a sua maior riqueza – a inteligência.
Confuso?
Vamos a um exemplo, que poderiam
ser vários, mas este é apenas porque foi o que deu aso à conversa:
Ontem no Telejornal da SIC passou
uma reportagem/entrevista de Lourenço Medeiros que para quem não sabe, é na SIC
um especialista em tecnologia, a Eugene Kaspersky o CEO da Kaspersky Labs, que
esteve recentemente em Portugal.
Inteligência e Simplicidade
A entrevista a Eugene Kaspersky
sobre questões de segurança na internet foi interessantíssima, mas o que nos
cativou, deixou a pensar e originou esta conversa, foi para além da
simplicidade demonstrada nas respostas às perguntas, que o Lourenço Medeiros fez
a Eugene sobre as suas preferências para as férias, e que se resumem em encontros
com a natureza, no fim Lourenço realçou que Eugene usava um telemóvel com 7
anos e um relógio de plástico. Ou seja – apenas o que é necessário, sem
exageros nem futilidades.
Quem quiser saber mais sobre este
russo de grande inteligência e simplicidade pode espreitar o seu blog aqui , que
por si só é uma enciclopédia de saberes e sabores de uma vida ricamente preenchida
que aqui no Sótão da Gina valorizamos. Sabemos que há muitos como Eugene
Kaspersky mas hoje foi a sua vez de falarmos dele.
Aconversa hoje no Sótão da Gina
seria talvez mais bem entendida por informáticos, mas inútil por tratar de um assunto já por si conhecido por isso dedicamos às senhoras
que também percebem ainda que superficialmente destas questões mas que não estão muito por dentro do Edgerank, e para qualquer um que deseje saber o essencial sobre este assunto que lhes dará alguma noção da razão porque certas coisas acontecem no Facebook. Cremos que falar sobre o Edgerank – o algoritmo
do Facebook é interessante e útil para a maioria de quem nos acompanha porque ajudará a perceber algumas questões interessantes para uns, irritantes para outros, e que para outros ainda lhes passa completamente ao lado.
Edgerank, o Algoritmo do Facebook
Segundo a Wikipedia “um algoritmo
é uma sequência finita de instruções bem definidas e não ambíguas, cada uma das
quais pode ser executada mecanicamente em um período de tempo finito e com uma
quantidade de esforço finita.” e continua…
um algoritmo não representa, necessariamente, um programa de computador
, e sim os passos necessários para realizar uma tarefa…”
Sem mais maçadas de definições
sobre algoritmos, sabemos que na computação os ditos são reis e quem os sabe
definir e programar tem o mundo da computação nas suas mãos ou melhor no seu cérebro.
Edgerank, o Algoritmo do Facebook
A programação de algoritmos está
cada vez mas sofisticada e por isso cada vez nos sentimos mais seguidos e
perseguidos em tudo o que fazemos online.
Se a Google está constantemente a
trabalhar para melhorar as nossas pesquisas e para isso vai aperfeiçoando os
seus algoritmos, o Facebook fá-lo em nome de quê?
- Supostamente
para melhorar a sua/nossa experiência, mas a sua ou a minha é certamente diferente
da das empresas que utilizam a plataforma para os seus negócios certo?
No início em 2004, o Facebook começou a ser utilizado como uma
qualquer outra rede social, mas mais de 10 anos depois é uma empresa cotada em
bolsa utilizada por mais de um bilião de utilizadores onde muitos são empresas
que negoceiam e vendem os seus produtos a partir dessa plataforma; daí a
implementação dos melhores e mais sofisticados algoritmos tem a ver com o
negócio e não com a experiência de lazer de uma outra rede social.
Edgerank, o Algoritmo do Facebook
Ao longo dos anos, certamente que
os mais atentos foram-se apercebendo que a sua “dita” experiência no Facebook ia
sendo diferente, ora pela publicidade dos chamados links patrocinados, que
passaram do lado direito para a sua frente fazendo com que fosse mais fácil ficar
confundido e clicar, sem pensar que se tratava de publicidade; ou por outro
lado, também deixaram de ver todos os posts dos amigos ou páginas preferidas. Tudo
isto se deve à constante actualização e aperfeiçoamento do algoritmo com o nome
de Edgerank.
O Edgerank funciona como uma espécie
de filtro muito embora o Facebook não admita a palavra filtro, a verdade é que
funciona assim mesmo, filtrando e mostrando aquilo que cada utilizador é capaz
de gostar mais e mostrando-lhe cada vez mais os conteúdos patrocinados, ou seja
os que são pagos para ali estar, porque cada clique vale X que é pago ao Facebook
À medida que o tempo passa dar-se-á conta que
há páginas ou amigos que acaba por nunca ver, parecendo que nunca mais
publicaram nada, no entanto se for individualmente a essa página e colocar lá
algum comentário passará a ver o que lá é partilhado.
Edgerank, o Algoritmo do Facebook
Nas regras que o Edgerank segue, uma das a nível pessoal , é por exemplo, dar destaque aos posts de parabéns ou felicitações
de algum tipo; por outro lado se estiver alguns dias sem partilhar nada, quando
o fizer o Edgerank faz com que o que partilhou seja de imediato visível como
que - olá, voltei, estou aqui de novo!
Quanto às páginas que gosta não
basta colocar gosto e pronto… se não colocar gosto no que lá é partilhado ou
comentar, vai deixar de ver essa página, a não ser que a mesma opte por pagar
para fazer publicidade e passe a aparecer perante os olhos de milhares de
usuários a serem convidados ao clique.
Edgerank, o Algoritmo do Facebook
Se não há nada de mal no facto da
empresa Facebook Inc ter inteligentemente,
e de forma bastante perspicaz, enveredado por um negócio cada vez mais
lucrativo, também não há nada de mal em sabermos a razão das coisas para as podermos
utilizar da forma que nos é mais conveniente, e é por essa razão que a conversa sobre o algoritmo do
Facebook chamado Edgerank se iniciou hoje no Sótão da Gina – sem maçar com
pormenores técnicos, procurámos deixar apenas a essência mais importante para
uma melhor compreensão do que se passa nas filtragens do Facebook.
O Que o Homem Pensa do Dia dos
Namorados mas não diz é a conversa que surgiu hoje no Sótão da Gina a propósito
do dia de S. Valentim que se aproxima em diversos países.
Vários mártires da antiga Roma
tinham o nome de Valentim, pudera – a valentia necessária para amar e ser amado
não é para todos ou pelo menos não dura muito para todos – mas foi por via das
lendas associadas aos distintos Valentinos da antiga Roma que nasceu e foi
crescendo, o aproveitamento comercial que posteriormente foi estendendo-se até
por países que nunca tinham ouvido falar nem nos Valentinos, nem no dia dos
namorados, como é o caso de Portugal.
O Que o Homem Pensa do Dia dos Namorados
Contrariamente ao que muitos
pensam este dia não é celebrado no dia 14 de Fevereiro em todos os países, no
Brasil por exemplo é celebrado a 12 de Junho, véspera do dia de Sto. António
conhecido pelo santo casamenteiro.
Mas estando nós a uma semana do
dia dos namorados em Portugal, as mulheres do Sótão da Gina começaram uma
conversa muito típica de mulher do tipo: - o que é que os nossos homens nos vão
oferecer? – que surpresa vamos receber?
Desta conversa surgiu a dúvida
sobre, o que na verdade, os homens pensam sobre este dia de S. Valentim, mas
não admitem, ou se comungam da mesma felicidade das mulheres.
Há homens românticos, mas a
maioria são tão práticos como pragmáticos e portanto limitam-se a ir na onda das
mulheres acabando por alinhar na vaga social e comercial do dia de S. Valentim
– vulgo namorados, e assim cumprirem com a surpresa ou o presentinho da praxe, simplesmente
porque é o que lhes é esperado, e porque caso contrário a penalização
ser-lhes-á servida bem fria.
O Que o Homem Pensa do Dia dos Namorados
Claro que o homem não diz que não
aprecia estes dias em que é obrigado a fazer algo que o retira da rotina de que
tanto gosta, apenas para cumprir calendário e para que as suas caras-metade se
sintam felizes porque é inteligente, mas conseguimos que no anonimato alguns
amigos admitissem isso.
De facto, também os há românticos
que não resistem a serem uns queridos e se desdobram para agradar a sua amada
neste dia, mas parece que a maioria dos homens não gosta de sentir a pressão de
cumprir com esta recente tradição em Portugal do dia dos namorados porque sabe
que a comparação que as mulheres fazem é inevitável e deixa-os inseguros.
O Que o Homem Pensa do Dia dos Namorados
Românticos ou pragmáticos – o que
o homem pensa do dia dos namorados mas não diz – é que no Sótão da Gina nada
disso importa porque na realidade, por aqui, considera-se relevante celebrar qualquer
dia que seja importante para o amor, seja ele no dia de S. Valentim ou em
qualquer dia do ano; o essencial é celebrar por espontânea vontade e na
intimidade a dois, e nunca para mostrar serviço cumprido.
Já agora sintam-se à vontade em comentar o pensam porque nós sabemos guardar segredo!
Cozido à Portuguesa – a origem e a tradição a não perder
Em pleno Inverno pensa-se em
pratos quentes que nos aconchegam o estômago e nos aquecem a alma, e no Sótão
da Gina a conversa sobre o cozido à portuguesa surgiu por várias razões, mas a
principal talvez tenha sido a leitura de vários artigos, um deles no The
Guardian que pode consultar aqui, sobre os benefícios em beber caldo de carne; de imediato, o pensamento
levou-nos à nossa tradição a não perder - o nosso prato tão tradicionalmente
português – o cozido à portuguesa e o seu caldo ou sopa de cozido.
Cozido à Portuguesa
Na gastronomia, é fácil chegar à
conclusão que por muito que se invente, os pratos mais tradicionais são os mais
ricos em termos nutritivos - que se
podem adaptar, podem - mas a base mais importante está sempre no original.
Porque quem procura acha, a
conversa não podia ficar completa se não se conseguisse chegar à conclusão da
origem do cozido à portuguesa. Se por um lado o nosso amigo motor de busca Google facilita e
ajuda a encontrar o que outrora só se conseguia em enciclopédias, por outro
lado pode levar-nos à irritação quando nos leva primeiramente
a blogues que se limitam a fazer “copy/paste” uns dos outros com informações em
nada correctas e algumas, um pouco sem sentido, ou até absurdas.
Cozido à Portuguesa
Encontrámos um
rol de blogues a afirmarem que na origem do cozido à portuguesa estava, e passo
a citar: - “ … antigamente os mais pobres não possuíam muito dinheiro, como é
óbvio, a solução para aproveitar as sobras era pôr tudo numa panela e cozer até
se apurar uma refeição com bastante consistência com fim de lhes dar energia …”;
ainda outra conclusão não menos interessante: - “o cozido à portuguesa tem
origem judaica. No Shabat os judeus não podem, dentre outras coisas, acender
fogo e cozinhar. Então cozinhavam na véspera carnes e vegetais, que seriam
consumidos após o pôr-do-sol do dia do descanso”. Ora, se na primeira
hipótese a afirmação de - antigamente os
pobres não tinham muito dinheiro e punham tudo numa panela a cozer, o cozido à
portuguesa não é de todo um prato barato pois devido à sua variedade de carnes
e enchidos, para não falar nos legumes, verduras e leguminosas é de facto um
prato até dispendioso; a segunda é ainda mais absurda porque os judeus não
comem carne de porco e uma das carnes que abunda no cozido à portuguesa é a
carne de porco.
Mas adiante, porque quem procura
acha... pode levar algum tempo, mas acha!
Sopa
de Cozido à Portuguesa
Afinal, segundo Virgílio Nogueiro
Gomes, um verdadeiro entendido na matéria de gastronomia portuguesa e as suas
origens, numa das suas crónicas que podem ler aqui na integra, refere que “ a primeira receita escrita do cozido em
Portugal é publicada na Arte de Cozinha de Domingos Rodrigues, 1680, e que tem
a designação castelhana de “Olla Podrida”. E diz ainda – “ De acordo com a
cozinha que se inscreve naquele livro, cozinha palaciana ou de mesas abastadas”
. Ora isto já nos parece uma informação bastante mais credível, e para quem
queira saber mais sobre a gastronomia tradicional portuguesa pode comprar olivro de Virgílio Nogueiro Gomes – “Tratado do Petisco”, por aqui tal como nós já fizemos e apenas aguardamos o envio por correio.
Agora já sabendo a origem desta
tradicional iguaria portuguesa que consiste numa refeição completa, e não só…(ver dica no fim) a
conversa insiste na riqueza do prato pela diversidade de carnes, legumes,
verduras e leguminosas mas também porque os nutrientes que compõem o caldo pela
cozedura de todos os ingredientes torna-o dos mais nutritivos da nossa
gastronomia.
Assim, antes ou depois de comer o belo cozido
à portuguesa que no Sótão da Gina consideramos uma tradição a não perder, a
sopa ou o caldo do cozido com a respectiva folha de hortelã é o caldo verdadeiro néctar dos
deuses que nos revigora a alma para mais uns dias de Inverno.
Caldo de Cozido à Portuguesa
Já agora uma dica: se lhe sobrar
cozido, guarde bem acondicionado no frigorífico por alguns dias e depois prepare uma bela feijoada à transmontana com todos os
ingredientes que sobraram, incluindo o caldo.
Jogo de palavras é hoje o tema escolhido
para a conversa no Sótão da Gina a propósito de alguns termos muito usados pelos
portugueses, que nos leva a questionar o verdadeiro objectivo da sua utilização,
ou, se se trata de uma questão de semântica.
Uma Questão de Semântica?
Há palavras ou termos que entram na
banalização, no ridículo ou pura deturpação porque alguém lhes achou piada e as
replicou até à exaustão tornando-as virais. Se por um lado, uma palavra específica
ou um termo é lançado pela comunicação social, é certo e seguro que é feito com
um propósito equivalente à mesma forma utilizada em marketing e publicidade;
por outro, e essa é a questão que nos leva a interrogar qual o objectivo (?),
qual será o propósito de, as pessoas comuns, utilizarem esses termos ou palavras
no seu dia-a-dia!
Em qualquer jogo de palavras ou a
sua intenção, quer seja o pensamento a gerar a palavra, ou a palavra a gerar o
pensamento, é a semântica que distingue o significado das palavras e não o tom
ou intenção de persuasão na forma como são utilizadas levando à falácia, que fará
dar mais importância ao tema abordado.
Uma Questão de Semântica?
Por exemplo, sabemos bem que em
termos simples a gripe é um vírus, então porque insistir que qualquer infecção respiratória,
até mesmo a mais banal constipação seja baptizada de gripe?
Será a necessidade
de aumentar a gravidade que está quase sempre intrínseca no que se diz ter ou ser?
Ainda na área da saúde, a palavra
depressão é utilizada de forma tão exagerada que dava para outra conversa ainda
mais alargada, mas por agora ficamos apenas por referir que - depressão não é
uma doença mas sim um estado de espírito que pode levar a desequilíbrios na saúde,
e não – não se tem uma depressão por não ter comprado aqueles sapatos “lindérrimos”
que não conseguimos comprar ou porque está de chuva, ou porque tivemos um
desgosto de amor, ou porque o filho teve más notas, ou porque ficámos
desempregados , ou por qualquer problema que pode normalmente surgir no
dia-a-dia de cada um de nós.
Uma Questão de Semântica?
Nos jogos de palavras, os
exemplos são mais que muitos e sem querer exemplificar os mais badalados na
politica, na publicidade ou na comunicação social, porque tornaria esta
conversa interminável, apesar de nos parecer, por vezes, enternecedora a forma
como se usa a palavra “adoro”, não deixámos de nos rir de forma muito “carinhosamente
sarcástica” sobre as mil e uma maneiras de adorar de hoje em dia, ou seja - de
quase nada se gosta mas sim adora-se.
Entre adorar a Deus, ou chocolates,
ou o iPad ou o tal par de sapatos “lindérrimos”, ou o marido, ou os filhos, ou
o vizinho, ou até o amigo virtual, vai alguma distância, e aqui no Sótão da Gina pensamos que muito provavelmente
neste jogo de palavras ou há algo errado na semântica ou então há falta de
fitas métricas.
Quando se fala em beijo quase
sempre se pensa no beijo amoroso o que suscita risinhos e piadas, por isso a
conversa foi alongando-se no Sótão da Gina sobre a importância do beijo, os
diferentes tipos de beijo, e as opiniões divergentes, sobre quando é mais
apropriado o beijo ou o aperto de mão.
Beijo ou aperto de mão?
Uma marca de gelados fez, há
cerca de dois anos, uma campanha publicitária intitulada “Como Beija o Português,
envolvendo um inquérito de rua, onde foram efectuadas várias perguntas sobre o
beijo; como poderão ver no vídeo que colocámos no fim deste artigo, as
escolhas recaíram sempre nos beijos apaixonados ou sensuais; nada foi
mencionado sobre a importância de um beijo cheio de ternura a um filho por
exemplo, ou os beijos que os portugueses gostam de dar a todas as pessoas que
acabam de conhecer.
Este vídeo fez-nos pensar que se
realmente a maioria dos portugueses pensa que só o beijo sensual ou apaixonado é
importante, então não será que ao beijar a torto e a direito qualquer pessoa
que conheça, não está a contribuir para a banalização do mesmo?
- Por exemplo, faz algum sentido (?) beijarem-se em programas televisivos? Faz algum sentido (?)
beijar pessoas que está a conhecer numa reunião de trabalho ou de negócios? Não
será mais apropriado o aperto de mão?
Beijo ou aperto de mão?
Bem sabemos que cada cultura ou país
tem a sua própria regra de etiqueta ou costume sobre o beijo ou o aperto de mão;
em Portugal sempre se usou os dois beijos na face para familiares, pessoas
amigas ou conhecidas e o aperto de mão para todos os outros, excepto os homens
que nunca se beijam a não ser alguns pais e filhos. Noutros hemisférios os
costumes são diferentes e pode ser um insulto proceder de modo diferente, que
daí seja conveniente quando se viaja para fora de Portugal informar-se não vá
cometer uma gafe em que se envergonhará.
A conversa foi-se alongando num
género de crítica à banalização do beijo e dos “beijinhos” em Portugal, para
terminar com os beijos mais doces que são aqueles dados aos filhos enquanto
pequenos.
Beijo ou aperto de mão?
Sem desvalorizar de forma alguma
o beijo apaixonado que cremos que deve ser deixado no pedestal adequado - quem
não gosta dos beijos ternurentos dados a um filho bebé? Quem não ama as risotas
que um beijo repenicado provoca num bebé? Quem não adora um beijo roubado a um filho adolescente
que lhe diz – ó mãe aqui não!
O beijo desencadeia uma variedade de substâncias químicas que alteram o estado físico e emocional de tal forma, que a sua importância é demasiado alta para que seja assim banalizada (!) por isso, aqui no Sótão da Gina pensamos e aconselhamos uma reflexão sobre quando deve dar um beijo, dois beijos ou um simples e cordial aperto de mão.
No início do ano não faltam sugestões
de resoluções de ano novo por tudo quanto é comunicação social e publicações
online ou em papel, por isso no Sótão da
Gina a conversa soltou-se e debruçou-se neste tema sem que se chegasse a qualquer
consenso porque a verdade é que cada um tem a sua opinião.
Resoluções de Ano Novo – o que
diz? - Sim ou Não?
Resoluções de Ano Novo – Sim ou Não?
Para quem, como eu, não faz balanços
nem balancetes ao fim de um ano, será mais evidente não fazer qualquer tipo de
resolução de ano novo! É que os balanços, normalmente, faço-os todas as noites;
os balancetes, sempre que encerro algo que levou a “cabecinha pensadora” a
muitas noites de balanços. Os balancetes são como que o encerramento oficial de
um assunto, de um problema ou de um projecto de onde tiro as devidas
conclusões, lições e resoluções para futuros assuntos, problemas ou projectos.
Resoluções de Ano Novo – Sim ou Não?
Resumindo: - as resoluções -
faço-as sempre que acho oportuno, em vez de esperar por um novo ano. Mas isto,
sou apenas eu! Há amigas aqui no sótão que fazem promessas sobre resoluções que
cumprem à risca, outras que não passam à prática depois de fazer a lista, e há ainda
outras que curiosamente se dão ao trabalho de fazer a dita lista que guardam numa
caixa que só voltam a abrir no fim do ano para avaliar se as expectativas ou
promessas foram cumpridas ou superadas.
Resoluções à parte, todas as
formas, critérios e opiniões são importantes para cada um de nós, correspondem à
nossa forma de ser, pensar e funcionar, até porque com cada prática se vai
aprendendo se cada uma das resoluções valeu ao não a pena, se há que ajustar
algo para que a próxima experiência seja sempre melhor.
Apesar de não ter havido consenso
nesta conversa de hoje no Sótão da Gina sobre resoluções de fim de ano, porque
os sim e os não ficaram empatados, houve duas questões muito interessantes: 1-
divertimento a falar de assuntos sérios, 2- unanimidade na ideia de que as
resoluções são sempre importantes desde que bem fundamentadas, relevantes e sirvam
para o bem-estar físico, intelectual e espiritual de cada um de nós.
Resoluções de Ano Novo – Sim ou Não?
Assim, e porque tudo depende de si,
terminamos como começámos:
Estamos à beira do fim de mais um
ano, e no Sótão da Gina fala-se hoje sobre a vida, sobre o que ficou para trás
e o que nos espera no próximo ano de 2015, se tivermos em mente a arte de viver com um propósito, um objectivo bem definido.
Em 2014 o que ficou para trás
para trás ficou; o que de bom aproveitou será de grande utilidade retirar as ilações
de como o conseguiu e beneficiar das lições que aprendeu para que em 2015 a
vida lhe seja mais fácil e generosa.
O povo costuma dizer “viver não
custa, o que custa é saber viver”, ao que acrescento que custa ainda mais
quando se vive com um propósito, sem muito se desviar dele.
Apesar de difícil, a arte de
viver com um propósito é sinónimo de um desenvolvimento pessoal muito
gratificante dando a sensação de saber o que queremos, porque e para que
queremos, quando e para onde vamos, porque na meta final está lá o tal
propósito à nossa espera.
A Arte de Viver Com Um Propósito
Nessa arte de viver deve estar a
harmonia como estado essencial e discreto, assim como o dom de julgar bem que é
o oposto da falta de critério ou escolhas erradas.
Para que a harmonia e o dom de
julgar bem seja parte do nosso quotidiano é necessário ter noção de como
conseguir ser mestre em algumas virtudes:
- Paciência - essencial para saber lidar com os diferentes tipos e
feitios de pessoas.
- Prudência - não confiar em tudo e todos indevidamente sem
discretamente questionar.
- Persistência - não desistir à primeira sem analisar e dar uma
segunda oportunidade.
- Prazer- tirar prazer do que faz é a troca intelectual mais compensadora.
Assim, seguindo este raciocínio, aqui no Sótão
da Gina fazemos votos para que em 2015, com paciência, prudência e persistência
tenha todo o prazer e harmonia na arte de viver com um propósito; se por
ventura crê que ainda não encontrou o seu propósito, está então na hora da reflexão,
porque quando o encontrar vai ver que o prazer será bem maior.
Estando a uma semana do Natal a
conversa no Sótão da Gina incide em como se vive o Natal no mundo cristão e
perguntamo-nos como viver o Natal neste Planeta Terra tão consumista.
Como Viver o Natal
A narrativa histórica do Natal é simples
e diz: “Por aqueles dias, saiu um édito da parte de César Augusto para ser
recenseada toda a terra. Este recenseamento foi o primeiro que se fez, sendo
Quirino governador da Síria. Todos iam recensear-se, cada qual à sua própria
cidade. Também José, deixando a cidade de Nazaré, na Galileia, subiu até à
Judeia, à cidade de David, chamada Belém, por ser da casa e linhagem de David,
a fim de se recensear com Maria, sua esposa, que se encontrava grávida. E,
quando eles ali se encontravam, completaram-se os dias de ela dar à luz e teve
o seu filho primogénito, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura, por
não haver lugar para eles na hospedaria” (Lucas 2,1-7), mas na realidade dos
nossos dias quantos de nós celebramos a história do Natal com a importância e
simplicidade que a mesma merece?
Como Viver o Natal
A narrativa histórica continua
com a visita dos pastores, a aparição dos anjos e o cântico que é mensagem para
todos: “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens por Ele amados”. A
esperança renovada pelo nascimento de Jesus, o filho de Deus, faz redobrar a
alegria em todos nós e a vontade de a partilhar é ainda maior que noutras
alturas do ano.
Paz e fraternidade são os desejos
partilhados, acompanhados de presentes em memória dos que recebeu Jesus pelos
pastores e Reis Magos.
No mundo consumista actual, a
simplicidade e beleza do Natal é tantas vezes abalada que a narrativa real e simples
sobre o nascimento de Jesus é preterida em torno duma festa pagã cheia de
exageros em presentes e festas ao longo de todo o mês de Dezembro.
Como Viver o Natal
A vontade geral no Sótão da Gina
é de que se regresse ao essencial e simples, colocando Jesus no centro da celebração,
dando preferência ao belo que é estarmos e sermos presentes, dar-nos a quem de nós
precisa, em torno dos sentimentos nobres e profundos que nos ligam, porque só assim
saberemos, verdadeiramente, como viver o Natal da narrativa simbolicamente histórica
do dia 25 de Dezembro.
Aproxima-se a quadra do Natal e Ano Novo, tão propícia a exageros
alimentares, e vai daí que a conversa no Sótão da Gina começa na importância de
evitar os exageros e depois avança para o mito das “tão na moda - bebidas detox”.
O Mito das Bebidas “DETOX”
Uma alimentação regular, regrada, variada e sem exageros é
sem dúvida alguma a resposta para uma vida saudável. Quantas pessoas não têm
doenças endócrinas pelo exagero da quantidade de alimentos ou bebidas alcoólicas
ingeridos no seu dia-a-dia?
Já abordámos o tema da alimentação saudável aqui no sótão neste
dois artigos que pode ler ou reler sobre Verdades Sobre uma Alimentação Saudável ou Somos o Que Comemos porque é um assunto que nos preocupa e que pretendemos
continuar a desmistificar alguns conceitos de moda na alimentação que nos
parecem errados.
Há quem pense que pode seguir comendo em exagero e beber ainda
mais bebidas alcoólicas, que as apregoadas bebidas detox farão os milagres
necessários para se sentirem bem.
O Mito das Bebidas “DETOX”
Há receitas a correr pela internet à velocidade da luz, proclamando
verdadeiros milagres; a maior parte dessas receitas não tem qualquer credibilidade,
são levadas de boca-em-boca como
autênticas mezinhas miraculosas, e algumas até podem contribuir para alguns desarranjos
intestinais se continuadas. Estas são de maneira geral aquelas a que se
misturam vegetais como bróculos, couve ou
salsa para nomear apenas alguns exemplos.
Preparar os
seus próprios sumos ou batidos de frutas ou vegetais é algo definitivamente
benéfico e deverá ser entendido com o propósito de ingerir alimentos na sua
forma mais natural e rica em nutrientes, e não como uma cura para um qualquer
alegado mal.
O Mito das Bebidas “DETOX”
Hoje em dia, para quem não tem formação na área da nutrição, torna-se realmente difícil para o cidadão comum conseguir diferenciar a verdade do mito, porque os negócios das bebidas detox e dos smothies tem
proliferado por todo o lado e os sites a proclamar o seu sucesso replicam-se de
forma quase desonesta.
A verdade é que um novo nicho de mercado, e bem lucrativo
por sinal, é o que está por detrás da rápida ascensão da moda das bebidas detox
e smothies.
O Mito das Bebidas “DETOX”
Mas também a bem da verdade, de vez em quando surge alguém altamente
credenciado a finalmente desmistificar o mito, e neste caso em concreto o
jornal britânico “The Guardian” publicou
há poucos dias este artigo que recomendo vivamente para clarificação e aprofundamento
deste tema,
mas se porventura o inglês não for idioma que domine, pode ler, ainda que
bastante abreviado, o mesmo assunto, no jornal português O Observador.
Em Outubro passado, o jornal “The Guardian” havia publicado
um artigo muito interessante sobre Edzard Ernst, o cientista e professor de
Medicinas Alternativas na Universidade de
Exeter no Reino Unido, que com rigor e sem papas na
língua, é autor da desmistificação do
mito sobre as bebidas detox que pode ler aqui
O Mito das Bebidas “DETOX”
Aqui no Sótão da Gina, a conversa sobre o mito das bebidas
detox deixou-nos com alguma sede e por isso vamos preparar um sumo de cenoura e
laranja e bebê-lo de imediato para que não oxide e não perca os seus excelentes
nutrientes ricos em vitamina A e C.
De vez em quando surgem ocorrências que nos levam a
questionar como as sociedades praticam e lidam com a transparência de seus
actos de cidadania, e nestes últimos meses em Portugal, têm surgido casos, quase,
como que em catadupa, que fazem com que esta conversa no Sótão da Gina se
incida sobre a importância da transparência para o bem comum.
A Importância da Transparência
Os casos, os ditos casos que têm surgido e inundado Portugal
e arredores, de novas crenças e descrenças em certas pessoas, e ou
instituições, não os vamos citar e ficam apenas no segredo das paredes do Sótão
da Gina porque são um tanto feios para aparecerem aqui neste espaço de
multicores, boas sensações e cheiros agradáveis.
Falemos e meditemos então, um pouco, sobre a transparência e
a sua importância no quotidiano de forma abstracta e no sentido mais lato.
Transparência para que te quero?
Basicamente para não iludir e viver de consciência tranquila
e aberta de que os nossos actos não têm nada de perverso e a esconder. Mas mais
importante é fazê-lo porque se sente a necessidade de nada esconder e viver uma
vida de livro aberto.
Ser e parecer devem ser iguais?
Ser e parecer devem ser definitivamente sempre iguais, se se
pauta por uma vida de transparência. De que vale parecer algo que não é, ou
dizer que tem algo que afinal nunca teve ou vice-versa? Alimentar o ego é o único objectivo do ser e parecer
diferente, e isso não é compatível com o alimento da alma, por isso, mais
tarde ou mais cedo o tal ser e parecer diferente para impressionar, deixam
sempre um grande amargo de boca.
A Importância da Transparência
Se por um lado, há os que aparentam ser ou ter algo que não
são por complexo, querendo mostrar quem os rodeia que são mais e têm mais, há
outros que fazem o oposto, demonstrando que pouco têm, escondendo dos demais as suas verdadeiras posses ou património, ao mesmo tempo que dão à sociedade um
ar de coitados, remediados ou até austeros.
Nem tudo o que parece é?
A má utilização das redes sociais tem ajudado a que esta
frase esteja cada vez mais em alta: - nem tudo o que parece é! O que é pena, o
que é lamentável, o que é triste, e por aí fora em sinónimos sobre o que é
lastimável; é que na sequência da popularidade
que muitas pessoas logram ter nas redes sociais, a mesma também tem contribuído para que em
geral, as sociedades cada vez pratiquem menos a desejada transparência no seu
quotidiano, o tal do "ser fiel a si próprio" deixou de fazer sentido para essas
pessoas.
Não há fumo sem fogo?
É impossível a não ser que seja imediatamente extinto, mas
mesmo assim já ardeu nem que seja apenas um instante. Se nas redes sociais o
alimento do ego é talvez o predominante, por vezes também serve para que os que
não praticam nem dão qualquer importância à transparência dos seus actos, sejam
ridicularizados publicamente quase à velocidade da luz quando são descobertos
que andavam a tentar ludibriar o próximo.
A Importância da Transparência
Aqui no Sótão deixamos a dica: - se nunca deu muita importância
a esta “coisa” da transparência e a sua importância no seu quotidiano, pense
melhor no assunto; se está presente numa
rede social a partilhar tudo e mais alguma coisa que não corresponde à
realidade da sua vida, então pense a dobrar porque é mesmo “importante” dar
importância à transparência na vida de qualquer um de nós.
Será que sabemos mesmo o que é a felicidade e o valor que a mesma tem só
para nós, sem olhar para o lado?
Já em Março de 2013 havia escrito
algo sobre a felicidade aqui mas hoje a conversa no Sótão da Gina alarga-se também para os valores e extravasa
sobre o mito e a realidade sobre a felicidade.
O que é isto da felicidade para
si?
Valores e Felicidade – do Mito à Realidade
Para mim, eu sei bem o que é, e
pode ser apenas isto,
que em nada poderá ter a ver com o
conceito de valores e felicidade do mito ou da realidade, que rodeia qualquer
uma das minhas amigas aqui reunidas à volta desta conversa, ou de quem muito
atentamente me está a ler, e nisso não há mal algum, até porque por vezes é na
diferença que está a felicidade.
Mas afinal o que é isto da
felicidade para cada um de nós?
Estudos efectuados por quem é entendido
nesta matéria, o sociólogo português Dr. Rui Brites, revelam:
Os países mais felizes do mundo estão todos no
Norte da Europa: Dinamarca, Finlândia, Noruega. Os mais infelizes são dos mais
pobres da África subsariana: Togo, Benim e República Centro-Africana.
No primeiro Relatório Mundial sobre Felicidade,
elaborado pela Universidade de Colúmbia a pedido das Nações Unidas (ONU),
Portugal ficou classificado no lugar 73, a meio de um ranking com 156 nações,
mas atrás de 22 dos 27 Estados-membros da União Europeia. Apesar de existir uma
ligação entre a riqueza e o bem-estar das pessoas, o estudo concluiu que
factores como liberdade política, laços sociais fortes e a ausência de
corrupção são igualmente importantes.
Os dados deste ranking foram recolhidos entre 2005 e
2011 e, numa escala de 0 a 10, foi pedido aos entrevistados que avaliassem a
qualidade de vida, sendo 0 a pior vida possível e 10 a melhor vida possível. No
caso de Portugal, a avaliação média de vida dos entrevistados foi de 5,4, uma
classificação que os autores do estudo descrevem como uma situação de bem-estar
moderado, pouco consistente, ou de um certo receio em relação ao futuro.
Rui Brites, sociólogo e professor
do Instituto Superior de Economia e Gestão, da Universidade Técnica de Lisboa afirma:
"Faz parte da idiossincrasia
portuguesa: fugimos dos extremos. Os portugueses nunca estão muito bem nem
muito mal. Vão andando". Para este investigador, que tem trabalhado na
área da avaliação do bem-estar e da felicidade, estes resultados são
"consistentes" com outros estudos publicados nos últimos anos. No entanto,
alerta para a dificuldade de se fazerem comparações entre países. "Quando
perguntamos apenas às pessoas qual o seu grau de felicidade, é complicado
depois comparar países porque as realidades culturais são diferentes e os
resultados finais não têm em conta essas especificidades".
Segundo os estudos efectuados por
Rui Brites, Portugal apesar de se situar sensivelmente a meio do ranking a
nível mundial, fica atrás de 22 dos países da UE, estando apenas à frente da
Roménia, Hungria, Letónia e Bulgária. Estes resultados são idênticos aos
registados noutros inquéritos anteriores sobre felicidade e bem-estar, como o
que foi realizado em 2008 pela European Social Survey: Portugal ficou
classificado no penúltimo lugar entre 15 países europeus.
A correlação entre a
felicidade/bem-estar e o optimismo é "muito forte", sendo que a
tendência é para que os países "mais felizes" sejam "mais
optimistas relativamente ao futuro" e que os menos felizes sejam também os
mais "pessimistas". "Os portugueses encontram-se habitualmente
entre os mais pessimistas e, nesse aspecto, apresentam um padrão de
identificação mais próximo dos cidadãos dos antigos países comunistas da Europa
de Leste do que dos restantes países europeus: têm menores níveis de confiança
social, e não acreditam tanto nas instituições nacionais", refere. Ainda
assim, considera que os portugueses não devem ser olhados como pessoas
infelizes. "Não somos tão felizes como noutros países, como é o caso dos
países nórdicos, mas somos felizes ", conclui Rui Brites.
Quem quiser ler os resultados dos
estudos de Rui Brites na integra pode vê-lo e inclusivamente fazer o download do mesmo aqui.
Valores e Felicidade – do Mito à Realidade
Estudos são úteis e dão-nos uma
ideia da opinião generalizada das populações mas é isso e apenas isso que nos
dá: uma ideia, uma opinião generalizada, que muitas vezes está ainda enraizada
em certas sociedades como a portuguesa com o critério miserabilista do “vamos
andando”.
Se todos os portugueses
partilhassem da ideia do “vamos andando” seguramente que os festivais de Verão
não estariam todos cheios, só para citar um ínfimo exemplo.
É evidente que a felicidade tem
dias, e é impossível estar e ser feliz todos os dias, mas de maneira geral os
portugueses até deviam estar no pelotão da frente nem que fosse pelo Sol que
nos é brindado a cada dia e o oceano que nos banha em tão grande parte do país;
para mencionar apenas alguns dos atributos deste país à beira-mar e no início
da Europa.
- Será que os portugueses continuam
a pensar que ser feliz é apenas e só ter, ter mais e mais, consumir e fazer
inveja?
- Será que os portugueses estão
convictos de que ter é mais importante que ser?
- Será mesmo mito ou realidade que
a sociedade portuguesa de ontem do “vai-se andando” nem sabe afinal o que é a
felicidade?
- Será que a sociedade portuguesa
dos festivais de Verão é a mesma do “vai-se andando”?
- Será que a sociedade portuguesa
de hoje se desprende do que ouve dizer aos mais velhos (vai-se andando) e fala
só por si, do que quer, do que gosta, do que o faz feliz sem olhar para o lado?
- Quais serão os valores intrinsecos na felicidade dos povos do norte da Europa?
Valores e Felicidade – do Mito à Realidade
No Sótão da Gina, a conversa
continuaria a dissecar sobre estas perguntas que deixamos no ar, e que cada um
poderá reflectir e chegar às suas conclusões, mas como remate aqui vai a
última: - será que entre o mito e a realidade sobre os
valores e a felicidade, as sociedades, não
só a portuguesa mas qualquer uma delas, terão
algum dia a capacidade de se renovar e ser mais fiéis a si próprias? Já agora, porque alegria também é felicidade, cante, dance ou faça as duas coisas se lhe apetecer, este tema tão badalado de Pharrell Williams - Happy