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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

O Mito das Bebidas “DETOX”

Aproxima-se a quadra do Natal e Ano Novo, tão propícia a exageros alimentares, e vai daí que a conversa no Sótão da Gina começa na importância de evitar os exageros e depois avança para o mito das “tão na moda  - bebidas detox”.

O Mito das Bebidas “DETOX”

Uma alimentação regular, regrada, variada e sem exageros é sem dúvida alguma a resposta para uma vida saudável. Quantas pessoas não têm doenças endócrinas pelo exagero da quantidade de alimentos ou bebidas alcoólicas ingeridos no seu dia-a-dia?  

Já abordámos o tema da alimentação saudável aqui no sótão neste dois artigos que pode ler ou reler sobre Verdades Sobre uma Alimentação Saudável ou Somos o Que Comemos porque é um assunto que nos preocupa e que pretendemos continuar a desmistificar alguns conceitos de moda na alimentação que nos parecem errados. 

Há quem pense que pode seguir comendo em exagero e beber ainda mais bebidas alcoólicas, que as apregoadas bebidas detox farão os milagres necessários para se sentirem bem.

O Mito das Bebidas “DETOX”


Há receitas a correr pela internet à velocidade da luz, proclamando verdadeiros milagres; a maior parte dessas receitas não tem qualquer credibilidade, são levadas de boca-em-boca  como autênticas mezinhas miraculosas, e algumas até podem contribuir para alguns desarranjos intestinais se continuadas. Estas são de maneira geral aquelas a que se misturam vegetais  como bróculos, couve ou salsa para nomear apenas alguns exemplos.


Preparar os seus próprios sumos ou batidos de frutas ou vegetais é algo definitivamente benéfico e deverá ser entendido com o propósito de ingerir alimentos na sua forma mais natural e rica em nutrientes, e não como uma cura para um qualquer alegado mal.



O Mito das Bebidas “DETOX”

Hoje em dia, para quem não tem formação na área da nutrição,  torna-se realmente difícil para o cidadão comum conseguir diferenciar a verdade do mito, porque os negócios das bebidas detox e dos smothies tem proliferado por todo o lado e os sites a proclamar o seu sucesso replicam-se de forma quase desonesta.

A verdade é que um novo nicho de mercado, e bem lucrativo por sinal, é o que está por detrás da rápida ascensão da moda das bebidas detox e smothies.

O Mito das Bebidas “DETOX”
Mas também a bem da verdade, de vez em quando surge alguém altamente credenciado a finalmente desmistificar o mito, e neste caso em concreto o jornal britânico “The Guardian”  publicou há poucos dias este artigo que recomendo vivamente para clarificação e aprofundamento deste tema, mas se porventura o inglês não for idioma que domine, pode ler, ainda que bastante abreviado, o mesmo assunto, no jornal português  O Observador. 

Em Outubro passado, o jornal “The Guardian” havia publicado um artigo muito interessante sobre Edzard Ernst, o cientista e professor de Medicinas Alternativas na Universidade de   Exeter  no Reino Unido, que com rigor e sem papas na língua, é  autor da desmistificação do mito sobre as bebidas detox que pode ler aqui 

O Mito das Bebidas “DETOX”

Aqui no Sótão da Gina, a conversa sobre o mito das bebidas detox deixou-nos com alguma sede e por isso vamos preparar um sumo de cenoura e laranja e bebê-lo de imediato para que não oxide e não perca os seus excelentes nutrientes ricos em vitamina A e C. 


quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Valores e Felicidade – do Mito à Realidade

Será que sabemos mesmo o que é a felicidade e o valor que a mesma tem só para nós, sem olhar para o lado?


Já em Março de 2013 havia escrito algo sobre a felicidade aqui  mas hoje a conversa no Sótão da Gina alarga-se também para os valores e extravasa sobre o mito e a realidade sobre a felicidade.

O que é isto da felicidade para si?

Valores e Felicidade – do Mito à Realidade
Para mim, eu sei bem o que é, e pode ser apenas isto, que em nada poderá ter  a ver com o conceito de valores e felicidade do mito ou da realidade, que rodeia qualquer uma das minhas amigas aqui reunidas à volta desta conversa, ou de quem muito atentamente me está a ler, e nisso não há mal algum, até porque por vezes é na diferença que está a felicidade.

Mas afinal o que é isto da felicidade para cada um de nós?

Estudos efectuados por quem é entendido nesta matéria, o sociólogo português Dr. Rui Brites, revelam:

Os países mais felizes do mundo estão todos no Norte da Europa: Dinamarca, Finlândia, Noruega. Os mais infelizes são dos mais pobres da África subsariana: Togo, Benim e República Centro-Africana.
No primeiro Relatório Mundial sobre Felicidade, elaborado pela Universidade de Colúmbia a pedido das Nações Unidas (ONU), Portugal ficou classificado no lugar 73, a meio de um ranking com 156 nações, mas atrás de 22 dos 27 Estados-membros da União Europeia. Apesar de existir uma ligação entre a riqueza e o bem-estar das pessoas, o estudo concluiu que factores como liberdade política, laços sociais fortes e a ausência de corrupção são igualmente importantes.
Os dados deste ranking foram recolhidos entre 2005 e 2011 e, numa escala de 0 a 10, foi pedido aos entrevistados que avaliassem a qualidade de vida, sendo 0 a pior vida possível e 10 a melhor vida possível. No caso de Portugal, a avaliação média de vida dos entrevistados foi de 5,4, uma classificação que os autores do estudo descrevem como uma situação de bem-estar moderado, pouco consistente, ou de um certo receio em relação ao futuro.

Rui Brites, sociólogo e professor do Instituto Superior de Economia e Gestão, da Universidade Técnica de Lisboa afirma:

"Faz parte da idiossincrasia portuguesa: fugimos dos extremos. Os portugueses nunca estão muito bem nem muito mal. Vão andando". Para este investigador, que tem trabalhado na área da avaliação do bem-estar e da felicidade, estes resultados são "consistentes" com outros estudos publicados nos últimos anos. No entanto, alerta para a dificuldade de se fazerem comparações entre países. "Quando perguntamos apenas às pessoas qual o seu grau de felicidade, é complicado depois comparar países porque as realidades culturais são diferentes e os resultados finais não têm em conta essas especificidades".
Segundo os estudos efectuados por Rui Brites, Portugal apesar de se situar sensivelmente a meio do ranking a nível mundial, fica atrás de 22 dos países da UE, estando apenas à frente da Roménia, Hungria, Letónia e Bulgária. Estes resultados são idênticos aos registados noutros inquéritos anteriores sobre felicidade e bem-estar, como o que foi realizado em 2008 pela European Social Survey: Portugal ficou classificado no penúltimo lugar entre 15 países europeus.
A correlação entre a felicidade/bem-estar e o optimismo é "muito forte", sendo que a tendência é para que os países "mais felizes" sejam "mais optimistas relativamente ao futuro" e que os menos felizes sejam também os mais "pessimistas". "Os portugueses encontram-se habitualmente entre os mais pessimistas e, nesse aspecto, apresentam um padrão de identificação mais próximo dos cidadãos dos antigos países comunistas da Europa de Leste do que dos restantes países europeus: têm menores níveis de confiança social, e não acreditam tanto nas instituições nacionais", refere. Ainda assim, considera que os portugueses não devem ser olhados como pessoas infelizes. "Não somos tão felizes como noutros países, como é o caso dos países nórdicos, mas somos felizes ", conclui Rui Brites.

Quem quiser ler os resultados dos estudos de Rui Brites na integra pode vê-lo  e inclusivamente fazer o download do mesmo aqui.

Valores e Felicidade – do Mito à Realidade
Estudos são úteis e dão-nos uma ideia da opinião generalizada das populações mas é isso e apenas isso que nos dá: uma ideia, uma opinião generalizada, que muitas vezes está ainda enraizada em certas sociedades como a portuguesa com o critério miserabilista do “vamos andando”.

Se todos os portugueses partilhassem da ideia do “vamos andando” seguramente que os festivais de Verão não estariam todos cheios, só para citar um ínfimo exemplo.

É evidente que a felicidade tem dias, e é impossível estar e ser feliz todos os dias, mas de maneira geral os portugueses até deviam estar no pelotão da frente nem que fosse pelo Sol que nos é brindado a cada dia e o oceano que nos banha em tão grande parte do país; para mencionar apenas alguns dos atributos deste país à beira-mar e no início da Europa.

- Será que os portugueses continuam a pensar que ser feliz é apenas e só ter, ter mais e mais, consumir e fazer inveja?

- Será que os portugueses estão convictos de que ter é mais importante que ser?

- Será mesmo mito ou realidade que a sociedade portuguesa de ontem do “vai-se andando” nem sabe afinal o que é a felicidade?

- Será que a sociedade portuguesa dos festivais de Verão é a mesma do “vai-se andando”?

- Será que a sociedade portuguesa de hoje se desprende do que ouve dizer aos mais velhos (vai-se andando) e fala só por si, do que quer, do que gosta, do que o faz feliz sem olhar para o lado?

- Quais serão os valores intrinsecos na felicidade dos povos do norte da Europa? 



Valores e Felicidade – do Mito à Realidade
No Sótão da Gina, a conversa continuaria a dissecar sobre estas perguntas que deixamos no ar, e que cada um poderá reflectir e chegar às suas conclusões, mas como remate aqui vai a última: -   será que entre o mito e a realidade sobre os valores e a felicidade,  as sociedades, não só a portuguesa mas qualquer uma delas,  terão algum dia a capacidade de se renovar e ser mais fiéis a si próprias?

Já agora, porque alegria também é felicidade, cante, dance ou faça as duas coisas se lhe apetecer, este tema tão badalado de Pharrell Williams - Happy



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