domingo, 26 de outubro de 2014

A Lei da Atracção e as Feromonas

Hoje a conversa no Sótão da Gina começou pelo aroma agradável a erva fresca que anda no ar nestas últimas manhãs, e foi desenvolvendo-se dentro dos aromas, mas foi deslizando para algo mais complexo e interessante como as feromonas e a lei da atracção.

A Lei da Atracção e as Feromonas

Sobre a lei da atracção, quem não se lembra do livro e o filme “O Segredo” que foram um tremendo sucesso e cuja teoria basicamente faz crer que - se souber e pensar no que quer com bastante convicção, sentir e comportar-se como se o que quer está a caminho e estar aberto para recebê-lo, vai ser bem sucedido. Há quem diga que esta teoria vem da Física Quântica, mas também há quem afirme que não há qualquer relação ou veracidade. 

Já em 1879 o jornal New York Times usou a expressão "lei da atracção", portanto a frase não é de todo nova, e as dúvidas continuam a persistir nos dias de hoje.

Haverá então alguma verdade nesta teoria da “lei da atracção” do focar em querer, desejar e simplesmente ter, ou haverá algo mais que faça com que isso aconteça, ou não?!

De teorias estamos nós cheios e é da prática que se vive certo?


A Lei da Atracção e as Feromonas
Vejamos então o que a comunidade científica descobriu, e que só há poucos anos se começou a divulgar criando, no entanto, aquela duvidazinha no canto do cérebro dos cépticos.

 - A actividade e conduta dos animais estão influenciadas não só pelas suas hormonas libertadas pelas glândulas endócrinas mas também pelas feromonas.

Feroquê?  - Feromonas, cuja palavra é composta por duas partes que vêm do grego φέρω phero "transmitir" e hormona, do grego ὁρμή "excitar", são substâncias com odor, produzidas e segregadas pelas glândulas exócrinas. Este odor único, ao ser libertado exerce influência sobre a conduta de outros animais da mesma espécie.

Serão então as feromonas responsáveis pela química que existe quase de imediato entre certas pessoas? E a chamada antipatia ou aversão imediata, sem razão aparente, ao conhecer certas pessoas, será também culpa das feromonas?


A Lei da Atracção e as Feromonas

Os estudos efectuados pela comunidade científica têm sido feitos em animais irracionais e as conclusões que têm sido surpreendentes levam a concluir que as feromonas funcionam da mesma forma nas pessoas, apenas com algum grau de desvio, devido à utilização de produtos com cheiro como cremes, loções, desodorizantes e perfumes. Hum, quem já não ouviu uma amiga dizer: - O meu perfume não cheira tão bem em ti! Claro que esta observação também se deverá ao facto de que amigas nunca deveriam jamais ou em tempo algum usar o mesmo perfume, mas adiante… vamos continuar focados nas feromonas, essas substâncias malandras que transmitem e excitam.
imagem retirada de fotos google
A Lei da Atracção e as Feromonas

Ao que parece, a comunidade humana comunica-se quimicamente antes de o fazer fisicamente. Quase que parece uma triagem, que resulta na aceitação ou rejeição e imagina-se logo um sketch humorístico que de imediato nos provoca algumas gracinhas e risos, mas voltando a factos concretos e sérios - o cocktail químico entre o estrogénio, testosterona, dopamina, serotonina, norepinefrina e adrenalina que tanto afecta e influencia as condições de saúde e estado de espírito de cada um, não está só porque chega-se à conclusão que se juntam as feromonas contribuindo em grande parte para a explicação na percepção do modo de funcionar do cérebro quando sente a tal atracção ou rejeição por alguém.

A Lei da Atracção e as Feromonas

Há quem, com espírito empreendedor, se dedique a fabricar feromonas, óbviamente artificiais, para serem usadas como perfume. Se tem curiosidade pode ver aqui: PERFUME COM FEROMONAS PARA MULHER 

Temas baseados no universo dos sentidos é fascinante e dá para conversas bem longas, mas esta tem que ter um fim e no Sótão da Gina, fica a dúvida no ar sobre quem tem razão:  - quem acredita na lei da atracção ou quem acredita nas feromonas? Também há quem acredite nas duas teorias. Já agora, que nos está a ler, acredita em qual?


segunda-feira, 20 de outubro de 2014

“Media Multitasker” – Qual o Preço a Pagar?

“Multitasking” que em português pode traduzir-se por multitarefas, é algo bastante  útil a qualquer um que goste e saiba manter-se activo e produtivo em várias tarefas em simultâneo. No Sotão da Gina, hoje a conversa vai um pouco além do simples multitasking e  centra-se na reflexão  de qual o preço a pagar em ser um “media multitasker”.


Haverá na verdade, alguma vantagem em ser um “media multitasker”, ou será que no futuro o preço a pagar pode ser demasiado alto em relação ao seu verdadeiro benefício!

De maneira geral, as mulheres estão desde há muito habituadas a executar multitarefas, seja em casa ou no emprego, umas melhores que outras adaptam-se a essa realidade que nada mais se transforma em necessidade. É evidente que enquanto uma boa organização ajuda a que essas multitarefas sejam mais bem executadas, e a procrastinação seja a maior inimiga, com alguma mestria a mulher foi também adaptando-se e habituando-se a utilizar meios tecnológicos para facilitar e aligeirar as suas multitarefas.

“Media Multitasker” – Qual o Preço a Pagar?
Como em tudo, um bom peso e medida deve ser a melhor bitola, um qualquer “media multitasker” não deveria ter qualquer problema se não fosse o exagero. Os meios tecnológicos que podem ser uma ajuda de grande utilidade podem tornar-se num vício que impede o sentido criativo de ser exercido com a sua normalidade.

Para quase tudo há uma qualquer aplicação no telemóvel, no tablet ou no computador que não só pode facilitar o trabalho de cada um, como pode também impossibilitar muitas vezes o raciocínio rápido ou reacção espontânea da inteligência ou da perspicácia.

Em termos mais pessimistas dá para pensar que se caminha a passos largos para que a máquina nos comande em vez de sermos nós a comandarmos a máquina.

Somos seres de hábitos, e os maus, normalmente têm inevitavelmente um resultado negativo no organismo e por consequência na saúde e bem-estar. O “media multitasking” utilizado no exagero, para além de incapacitar o sentido criativo, o raciocínio ou o simples puxar pelos neurónios para tarefas comuns, está também a dar indícios de outros problemas  a nível  cerebral que poderão ser mais graves.

“Media Multitasker” – Qual o Preço a Pagar?
Existem estudos sobre o consumo exagerado de informação e a sua função cerebral já é assim conhecida. Há vários trabalhos de investigação que aludem a redução da atenção e da concentração, assim como a distúrbios emocionais tais como ansiedade e depressão.  Surgiu entretanto o resultado de um novo estudo conduzido por Kep Kee Loh e Ryota Kanai da Universidade de Sussex em Brighton, Reino Unido, que veio relacionar a redução efectiva da massa cinzenta de uma zona do cérebro com a execução simultânea de tarefas ou seja “media multitasking”.

“Media Multitasker” – Qual o Preço a Pagar?
Dizem os cientistas que a redução observada na massa cinzenta não estabelece uma relação causa efeito, e que serão necessários estudos mais aprofundados e detalhados, mas assinalam também que foi a primeira vez em que se descobriu um vínculo directo entre o hábito exagerado de consumo de media e multitasking a uma alteração concreta na estrutura do cérebro. Ver estudo aqui.

“Media Multitasker” – Qual o Preço a Pagar?
No Sotão da Gina pensamos que o preço a pagar por qualquer exagero é normalmente elevado e um  desperdício nefasto. Para ser um “media multitasker” não será necessário pagar qualquer preço desde que se seja moderado e se utilize o que está à disposição para facilitar a vida, mas nunca para impedir a utilização dos neurónios de forma normal, racional e saudável.


terça-feira, 7 de outubro de 2014

Viver no Campo

O Sótão da Gina mora, namora, e deixa-se enamorar pelo campo, e por isso, hoje surge a conversa sobre o que é viver no campo mas na óptica de uma urbana, que é a sua anfitriã.

Viver no campo na perspectiva de quem nasceu e cresceu nele, é muito diferente da de quem nasceu numa cidade cheia de rebuliço, seja ela onde for.

Viver no Campo
Há cidades cheias de agitação mas também cheias de charme, de isso não há qualquer dúvida, e o campo não as pode substituir porque cada um ocupa o seu lugar na diversidade que nos é oferecida, queiramos nós usufruir dela.

O viver no campo é como um regresso à paz, à natureza, à terra, a bem dizer à casa que sempre foi nossa e nos foi oferecida a custo zero.

Viver no campo é sinónimo de liberdade, espaço, silêncio, ar puro, e isto concretiza-se por exemplo, na liberdade que se traduz em não ter necessidade de ter cortinas e poder olhar a imensidão do campo com clareza; de abrir as janelas e sentir os aromas campestres e ouvir os sons bucólicos.

Viver no Campo
A qualidade e riqueza de viver no campo é incalculável e não podem, de forma alguma, ser substituídas pelo luxo que poderá ser proporcionado em morar em  algumas cidades cosmopolitas.

Claro que há contrariedades em viver no campo, e há que querer e saber adaptar-se porque a compensação é superior ao transtorno! A qualidade de serviços que é orientada para as cidades e litoral, é sempre inferior e escassa, mas o ditado popular que diz “quem vai para o mar abastece-se em terra” diz tudo a quem deixa um qualquer centro urbano para viver no campo. Por vezes basta uma melhor organização ou gestão de recursos para se obter equilíbrio.

Viver no Campo
Viver no campo não é de todo para todos, e normalmente muitos dos que são do campo não vêem a parte romântica que o viver no campo transmite a uma urbana como eu. São gostos!

Há quem não goste e não consiga adormecer no silêncio, passar sem ir ao café ao fundo da rua, à tabacaria ou ao quiosque comprar o jornal, sem ir à mercearia a pé, ou ao centro comercial dia-sim-dia-sim. São gostos!

Há quem diga que se vivesse no campo “morreria de tédio”. São gostos!

Viver no Campo
Eu digo:

-  Enquanto houver campo que me acolha, jamais morrerei de tédio!

O campo oferece-me uma fonte inesgotável de curiosidades e de saberes que brotam da terra a cada ciclo de forma idêntica, ao mesmo tempo que diferente; mas é preciso saber e gostar de observar, de ter curiosidade, de ter a humildade suficiente em querer aprender algo mais a cada dia, a cada estação, a cada luar, a cada nascer do sol, a desligar todas as luzes e observar as estrelas em absoluto silêncio e dar graças à imensidão de riqueza que a natureza nos dá.

Por tudo isto, no Sótão da Gina ouve-se em uníssono “é bom viver no campo”.  

Já agora aqui vai um mimo. Alguma vez ouviu as Quatro Estações de Vivaldi no silêncio e beleza do campo? É sublime!


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