A conversa de hoje no Sótão da Gina é intensa e iluminada ao contrário deste dia cinzento de Outono. Falar sobre os ciclos de vida quando sentidos com a alma é definitivamente outra coisa, mas há quem ainda não tenha chegado a este estádio, e pelo tal, não sabe a diferença entre viver os ciclos da vida com ou sem alma.
Quando se menciona a palavra
alma, há logo quem pense “pronto” lá vão elas falar de religião – mas não, nada
disso; cada um terá, ou não, a sua e esse é um tema que não será abordado aqui
no sótão, porque tal e qual como política e futebol, são temas que deixamos
entregues aos entendidos.
Segundo consta - Alma é um termo derivado do hebraico
nephesh, que significa vida ou criatura , e também do latim animu, que
significa "o que anima”; espiritualmente significa o princípio inteligente do Universo,
o ser real, circunscrito, imaterial e individual que existe no ser humano e que
sobrevive ao corpo, estando sujeita à Lei do progresso, ou seja, a de se
aperfeiçoar por meio da Reencarnação em várias encarnações progressivas até
atingir a perfeição, o estágio de Espírito Puro, quando não tem mais a
necessidade de reencarnar.
Em palavras simples e nossas - a
alma – é o que dá sentido à vida.
Em palavras tecnológicas – a alma
– é o nosso disco rígido – é nele que é gravado tudo o que somos e fazemos, mas
há alturas que o melhor é, tal como num computador, formatar, e começar de
novo, sendo que nunca é tarde demais para o fazer.
Ciclos com ou sem Alma |
Mas falando concretamente dos ciclos
na vida, e há vários – os astrológicos, os numerológicos, os que são
identificados como fases da vida - a infância, adolescência, adulto e velhice, cremos
que os mais fascinantes são os
denominados de seténios, e vejamos
porque o achamos.
Segundo consta nos estudos dos
seténios, que se baseia na medicina tradicional chinesa e na antroposofia (dos
gregos) - a vida é dividida em 10 fases, estabelecidas a cada 7 anos - sendo a
primeira dos 0 ao 7 anos de idade, e assim por diante. A cada fase um novo
ciclo começa, com mudanças em vários aspectos da vida de cada um.
Chineses e gregos foram os
primeiros a observar que as mudanças biológicas e espirituais que ocorriam de
sete em sete anos; razão pela qual chamaram as fases de seténios. Se cada um respeitar o ritmo de
cada seténio chegará certamente à décima fase, ou seja, 70 anos, com muito mais
consciência e sabedoria.
Assim, depreende-se que o objectivo
dos seténios, é alertar as pessoas das fases existentes na vida para que saibam
das mudanças e as aproveitem de modo saudável, e em modo vigilante e desperto
possam beneficiar das oportunidades de renovação, com pragmatismo e estímulo diário
para um amanhã sempre melhor.
Ciclos com ou sem Alma |
O modo vigilante e desperto é
acompanhado de confiança do crer sem ver, do querer pelo sentir, em vez do ver
para crer ou do nem querer sentir, ou ver ou crer. Este modo aguça a intuição, exercita-a
e dá-lhe instruções para que participe cada vez mais nos ciclos e ajude a
aperfeiçoar os dias. A razão, é por vezes um pouco inimiga e desmancha-prazeres,
dificultando ou impedindo que a alma veja de forma límpida e iluminada, mas há
que fazer silêncio e ouvir para ver melhor e sentir ainda de forma mais refinada.
Ninguém é perfeito, aliás segundo
a teoria sobre a alma, se o fossemos já não estaríamos cá… mas se nos for dada
a oportunidade de aperfeiçoamento continuo (?!) enquanto por cá andamos, porque
não ouvir o que a alma nos diz e aprender a saborear melhor tudo o que fazemos?
Há quem entenda que as
dificuldades são todas uma tragédia e passa por elas repetidas vezes sem sequer
tentar modificá-las – mas também os há que sabem encará-las de frente e sem
medo, num ciclo novo acordam mais atentos e despertos para o que lhes dá mais
prazer.
Ciclos com ou sem Alma |
No Sótão da Gina cremos por
unanimidade que tudo tem uma razão de ser, e se chegar ao ponto de conseguir
perceber como e porquê, os seus ciclos correram desta ou de outra forma, isso
fará com que se aperceba também qual a sua missão em cada ciclo, e talvez até qual
o projecto de vida que escolheu antes de cá chegar, e aí, talvez só aí,
aperceber-se-á da diferença que existe em passar os seus ciclos com ou sem alma.
Perdoem-nos a comparação metafórica, mas é quase como que comer um pastel de
nata sem canela – ser bom é, mas não é
de todo a mesma coisa.
E já vai sendo hábito deixar aqui um vídeo, uma música adequada, então aqui vai: Fechem os olhos e abram alma.
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