quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
Feliz Natal
Publicada por
Virgínia Dias
à(s)
05:08
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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
Santos de Casa não fazem Milagres
A conversa não é meiga, não vai acompanhada de fotografias belas, e nem vale a pena saber porque veio à
baila hoje este assunto, até porque pode ser tão recorrente nas conversas do
dia-a-dia, que no Sótão da Gina até já quase que o consideramos banal ao de
volta em vez, dizer “santos de casa não fazem milagres”.
Colocando o dedo bem no centro da ferida e escarafunchando
bem no significado deste ditado popular português “santos de casa não fazem
milagres” não podíamos deixar de mencionar o assunto que tantos, enquanto,
outros tantos fazem de conta que não é bem assim: o assunto do acolhimento dos
refugiados vs os nossos sem-abrigo.
Santos de Casa não fazem Milagres |
Que melhor não assenta o ditado “santos de casa não fazem
milagres” a este assunto (?!) que assola uns, incomoda outros, enquanto que, a
outros é assim como que algo que tanto lhes faz, até porque estamos na altura de oferecer uns
quantos casacos e mantas, mais umas
quantas ceias aos sem-abrigo e com isso a alma fica lavada até para o ano que
vem. Isto numa margem de um rio bastante
largo, porque na outra margem estão os refugiados que ao chegarem a Portugal são
recebidos como VIP´s no aeroporto, bem acolhidos e bem acomodados em boas casas e com bons subsídios
para assim fazerem uma vida digna e confortável.
Lamentável este rio tão
largo que nos separa.
Os nossos santos, de facto,
não conseguem fazer milagres em sua própria casa.
Os nossos sem-abrigo não precisam só de casacos, mantas e uma
ceia de Natal. Precisam sim, urgentemente de psiquiatras e psicólogos para os tratarem
e ajudarem a serem reintegrados nas suas
famílias e na sociedade. O associar os sem-abrigo a pessoas que não têm casa porque
não têm emprego é no mínimo enganador, quase-quase a dar para o embuste.
Dar casacos, mantinhas, sopinhas e ceias de Natal aos
sem-abrigo convêm muito às múltiplas IPSS e afins que vivem à conta de
pagamentos dos nossos impostos, e por isso a abordagem é colocar um penso em
vez de curar a ferida.
Em Lisboa, a Santa Casa da Misericórdia fez um levantamento em 2013, sinalizando os sem-abrigo de Lisboa, mas falta o resto, todo o resto do quase
nada já feito - por isso colocam-se tantas questões que nos fazem repetir vezes
sem conta com alguma mágoa – os nossos santos
não fazem milagres na sua própria casa porquê?
- Se para os
refugiados surgiram muitos mais voluntários que refugiados
- Se para os refugiados multiplicaram-se as associações,
fundações, confederações, IPSS, comunidades, bancos, redes, e um mais não sei o
quê de aglomerados de gente conhecida a apoiar a fazer um não sei o quê
- Se para os refugiados a UE disponibilizou fundos para lhes
oferecer todas as benesses para uma vida digna
- Se para os refugiados quem não apoia é considerado
indecoroso ou xenófobo
E afinal dos quase cinco mil que nos foram alocados só 50
aceitam vir para este nosso rectângulo à beira-mar plantado de gente, onde
muitos dos ditos e ditas empresas de voluntariado, movem-se não com combustível
voluntário e gratuito mas sim com combustível chamado euros e mais euros em subsídios
da UE. Triste, e indecoroso!
Para os nossos sem-abrigo é preciso o quê? É preciso mover
qual céu e qual terra, para mobilizar toda uma comunidade tão qualificada como
a dos refugiados? À pois – a UE não paga subsídios para reintegrar os seus sem-abrigo…
Triste, e indecoroso!
Santos de Casa não fazem Milagres |
Lamentável este rio tão largo que nos separa.
Os nossos santos, de facto, não conseguem fazer milagres em sua própria casa.
Santos de Casa não fazem Milagres Mesmo! No Sótão da Gina, se dúvida houvesse, finalmente percebemos porque este ditado é português!
Publicada por
Virgínia Dias
à(s)
13:37
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Etiquetas:Sótão, cores, aromas, feminino, mulher
refugiados,
sem-abrigo
segunda-feira, 7 de dezembro de 2015
Praia no Outono em Portugal
Em Dezembro, o normal para muitos, seria falar de Natal e de prendas e
de receitas para as festas e tal… mas aqui no Sótão da Gina fala-se,
finalmente, de praia em Novembro, e diz-se finalmente porque têm sido
frequentes as perguntas sobre uma ida da anfitriã à praia não só para almoçar à
beira-mar mas sim para banhos, e por isso, devido a pedidos vários, o tema da
conversa ser, inevitavelmente, praia no Outono em Portugal.
Num belo domingo de Novembro, mais especificamente no dia 8 de
Novembro de 2015 a vossa estimada anfitriã foi até à Foz do Lizandro, uma praia
no Distrito de Lisboa, concelho de Mafra, bem pertinho da Ericeira. Como mulher
que se prepara antes de sair, consultou as aplicações disponíveis no seu
android sobre o tempo, incluindo o que faria na praia em questão, e nem querendo
acreditar nas previsões, em três tempos tomou uma decisão simples mas memorável.
Preparada para um dia de praia como se Verão fosse – havaianas (o seu
calçado preferido) biquíni, mini-saia de ganga e t-shirt, chapéu de palha (mais
para o estilo que outra coisa) óculos de sol + o saco de praia devidamente
apetrechado à tiracol, ala que se faz tarde rumo à Foz do Lizandro para um apetecível
almoço na esplanada, e possivelmente uma bela tarde de banhos de sol. Mas eis
que ao lá chegar dando-se com figuras tão inapropriadamente vestidas para os
23º de temperatura, soltando um sorriso mental, pensou que o dia seria ainda bem
mais divertido, do que jamais pensaria ao sair para a praia naquele dia de
Novembro.
Praia no Outono em Portugal |
Depois de uma volta inicial pela praia, bebendo daquele cheiro e
daquela brisa morna que lhe era tão agradável, sentou-se à mesa da esplanada para um almoço tranquilo,
preguiçoso e muito solarengo, divertindo-se com uma autêntica dança de cadeiras
e mesa que um casal fazia, por achar - pasme-se - que “fazia muito sol”;
sentaram-se dentro do restaurante, depois mudaram-se para a esplanada, e foram
movendo mesa e cadeiras para se afastarem do sol, aquele malvado que queimava
em Novembro… Às tantas o senhor levantou-se e quando voltou, a senhora já não
se encontrava ali porque tinha, ela, mesa e cadeiras, ido para outro local
qualquer já longe da sua vista.
A indumentária das pessoas nos restaurantes da praia, nas esplanadas,
sentados a ler, a passear e no próprio areal era de rir, rir, e de rir ainda
mais; estava quase tudo vestido à Inverno, não à Outono mas sim à Inverno – as
botas, as golas altas, os cachecóis, os blusões faziam as delícias de uma alma
que tinha tirado o dia não só para gozar em pleno aquela belíssima praia, como
também gozar das vistas cómicas que lhe passavam por todos os lados. Com tanta
tecnologia à disposição, nem o próprio sol que lhes entrou pela janela os fez
pensar que se calhar, se calhar era melhor mudar de roupa antes de sair…
Salvo os surfistas, e salvo ela própria, havia apenas um casal a
usufruir em pleno daquele dia tão maravilhoso, brindado talvez por uma natureza
um pouco alterada, quiçá até um pouco doente, mas ainda assim nada menos que
fantástica, e que por si só merecia ser vivida na sua plenitude.
No restaurante disseram que a água estava com uma temperatura de 22º e
que haviam avistado golfinhos há poucos minutos, fazendo com que o delicioso e
preguiçoso almoço se encurtasse e terminasse para pôr à prova tal informação.
Praia no Outono em Portugal |
Quase não querendo acreditar, as temperaturas do ar e da água quase
iguais (?!) como uma bailarina, pé-ante-pé dirigindo-se à água numa maré a
vazar, num ritmo cadente e bem compassado, entrou na água e agradeceu aos
deuses das alterações climáticas pela bênção que foi aquele banho ao envigorar-lhe a alma. Ao olhar à sua volta apercebendo-se que para além dos
surfistas, um casal, apenas um casal fazia o mesmo que ela, rapidamente chegou
à conclusão da derradeira razão pela qual sempre admirou surfistas; para além da
ousadia e coragem que têm para cavalgar qualquer onda em qualquer dia do ano,
em qualquer estado de tempo – o seu espírito livre cujo mote é “vive e deixa
viver”, era, e é seguramente o mesmo que o seu, e havia ficado provado naquele
invulgar dia de praia em Portugal no Outono.
Não deixe de ver a captação de imagens do dia de
praia no Outono em Portugal que agreguei no vídeo (abaixo) com música de fundo
de Vangelis, intitulada “La Petite Fille de la Mer” e deixe-se embalar porque o
Outono não tem de ser cinzento, pelo menos no Sótão da Gina assim pensamos.
Publicada por
Virgínia Dias
à(s)
13:01
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