A conversa de hoje no Sótão da
Gina é sobre as decisões que as pessoas tomam baseadas na sua forma de ser meramente
apaixonada ou racional; e não, esta conversa não é de todo sobre amores e
paixões nas relações, mas sim sobre a maneira de ser e estar na vida, em todas
as circunstâncias ou questões em que cada um imprime a sua paixão ou a razão.
Paixão ou Razão? |
A razão baseia-se em factos e dados
concretos para posteriormente avaliar, julgar, planear e decidir o que é
benéfico para si. A razão é assim como que uma capacidade calculista, egoísta
até, que analisa e mede primeiro os riscos antes de tomar qualquer tipo de decisão.
Já a paixão não mede, não analisa,
não pondera, não hesita, nem calcula nada; avalia, julga, avança ou recua
conforme a emoção, ou o sentimento do momento, que é quase sempre, fortemente
incentivado pelo estado de alma ou de humor.
Assim, pode-se concluir que a
razão é egoísta e a paixão exacerbadamente altruísta.
Enquanto que a razão é
teimosamente fria e a paixão obcecadamente quente, esta acaba por deixar-se
arrefecer quando se apercebe que a razão não se deixa influenciar e caminhar de
mão dada.
Paixão ou Razão? |
Mas nem tudo é assim frio ou
quente; ao que parece, existe como que uma batalha entre a paixão e a razão que
por vezes chega a esbarrar no senso comum. Seguindo este raciocínio, a razão empurra-nos
a agir de certa maneira, encontrando porém oposição nas nossas emoções ou paixões,
tornando-se assim bem difícil a decisão.
Sendo criaturas racionais, perguntamo-nos:
- devemos obrigar a razão a controlar as nossas emoções ou agir em conformidade
com as nossas paixões? E a nossa resposta é que o ideal é sempre o equilíbrio, (aliás)
em tudo, e neste tema também não poderia deixar de o ser.
Paixão ou Razão? |
No Sótão da Gina a opinião geral
é que - seres racionais mas pensantes que somos, deveríamos encontrar o equilíbrio
entre a razão e a paixão – de forma que permitisse o senso e bem comum na
decisão, com o mesmo calor da emoção, para nunca ter de decidir entre paixão ou
razão.
Enquanto medita neste assunto,
visualize este vídeo e pense no equilíbrio entre estas duas vozes que apesar de normalmente cantarem temas diferentes como o Fado ou a Morna, conseguem enquadrar-se de
forma tão perfeita, neste Fado - "Por Sombras Me Dei à Luz" com letra de Fábia Rebordão, musica de Jorge Fernando e interpretado aqui pela autora Fábia Rebordão e Lura, cantora crioula de ascendência cabo-verdiana.
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