Alguma vez pensou que a cultura do elogio pode servir de elixir ou terapia no seu quotidiano?
No Sótão da Gina
pensamos que o elogio é servido de forma diferente em cada país devido ao tipo
de cultura da sua sociedade, mudar este modo de ser demasiado vincado ao longo
dos anos não é certamente fácil e não se sabe se irá lá com o “coaching
motivacional” que tanto está na moda.
A Cultura do Elogio |
As sociedades onde o
elogio é fácil, devem essa atitude à forma de estar com sinceridade, genuinidade,
espontaneidade e a certeza do lugar que cada um ocupa sem fazer sombra a
ninguém.
Elogio, enaltecer uma qualidade ou virtude é algo
que não retira nenhum pergaminho a quem o faz, pelo contrário; poderá elevar a
auto-estima dessa pessoa motivando-a para algo que sabe fazer bem.
A cultura actual que incentiva sermos todos
iguais em termos de qualidades e virtudes é uma utopia bastante enfadonha. Cada
um tem o seu próprio dom, o seu jeito especial e único, e deve usá-lo e
explorá-lo da melhor forma, recebendo todos os elogios possíveis e imaginados
para continuar a sentir a motivação necessária na demonstração e partilha
desses talentos únicos.
Em Portugal há um ditado popular que diz:
Santos de casa não fazem milagres. Este ditado diz tudo sobre a cultura
portuguesa relativamente ao elogio; não se elogia ninguém que está simplesmente
ao nosso lado…porquê? O problema deve-se a insegurança, falta de identidade,
complexo que leva até à inveja.
Quando se está seguro da posição que ocupa na
sociedade, no seio familiar ou no dos amigos, não temos qualquer complexo ou temor de
elogiar os “santos” da nossa própria casa, aliás deve ser um grande orgulho fazê-lo.
Diz-se que vivemos tempos de extrema
competitividade, de vidas agitadas e demasiado centradas em si mesmas e que perdemos
a cultura do elogio. De facto, tudo isto é verdade menos quanto a termos
perdido a cultura do elogio porque nunca a tivemos. Nos meus (muitos) anos de
vida, em Portugal nunca reconheci a cultura do elogio que reconheci por exemplo
nos Estados Unidos da América. Antigamente dizia-se, por exemplo, que não se
devia elogiar as crianças porque ficavam demasiado vaidosas e não se esforçavam!
Sempre pensei o contrário; se a criança é elogiada desde tenra idade, sente
apoio no que faz bem e incentivo para fazer ainda melhor.
Em Portugal ainda hoje há pessoas que ao serem
elogiadas respondem com uma pergunta acompanhada de um sorriso de soslaio e de gozo:
- Estás a dar-me graxa?
O
que mudou de forma bastante negativa nestes últimos anos com a mediatização e
divulgação rápida nas redes sociais, é que passou a elogiar-se mais as futilidades,
valorizando demasiado pessoas que apenas usam a imagem para ganhar dinheiro fácil
cuidando das aparências.
A Cultura do Elogio |
No
Sótão da Gina pensamos que é urgente inverter esta moda, elogiando de forma
sincera, natural e espontânea o que é genuíno e bom para cada um de nós. Pensamos que a cultura do elogio
pode servir de elixir ou terapia no nosso quotidiano, e por isso pode e
deve ser considerado por aqueles que nunca lhe deram a devida importância.
A grande reflexão
sobre este assunto, é que se crê que a cultura do elogio pode também servir-lhe
a si também de elixir ou terapia no seu quotidiano; pode pensar em mudar o seu
hábito hoje mesmo e começar a olhar quem o rodeia com olhos elogiadores,
lisonjeiros, apenas porque quer! Poderá ter uma grande surpresa nessa mudança
de atitude!
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