terça-feira, 21 de julho de 2015

Luxo, Requinte ou Privilégio?

 Estamos em pleno Verão e no Sótão da Gina pensa-se e conversa-se sobre férias e de repente solta-se uma gargalhada à volta do uso e abuso da palavra “luxo” em Portugal; questiona-se o seu verdadeiro significado comparando o luxo com requinte ou o simples privilégio.


Luxo, Requinte ou Privilégio?
Luxo, Requinte ou Privilégio - apenas questões de semântica? Talvez sim, talvez não, ou talvez ainda mais a importância que se dá a cada uma destas palavras.

Vejamos os significados de acordo com o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa:

lu·xo |ch|
(latim luxus, -us)
1. Modo de vida que inclui um conjunto de coisas ou actividades supérfluas e aparatosas. = GALA, OSTENTAÇÃO, POMPA
2. Grande quantidade.
3. Bem ou actividade que não é considerado necessário, mas gera conforto ou prazer.
re·quin·te
1. Apuro, perfeição meticulosa e exagerada.
2. Quinta-essência; o mais alto grau; exagero.
Palavras relacionadas: super-requintado, requintado, requintar, requinta, requintadamente, sibaritismo, metafisicismo.
pri·vi·lé·gi·o
(latim privilegium, -ii, lei de excepção, favor)
1. Direito ou vantagem concedido a alguém, com exclusão de outros.
2. Título ou diploma com que se consegue essa vantagem.
3. Bem ou coisa a que poucos têm acesso.
4. Permissão especial.
5. Imunidade, prerrogativa.
6. Qualidade ou característica especial, geralmente positiva. = DOM 

Mas estávamos a pensar em férias e a falar sobre locais para as mesmas, e ao procurar os ditos, reparámos que as descrições são tão exageradas que têm mesmo de ser analisadas à lupa por um lado, mas por outro, depende muito daquilo que cada um de nós prefere e considera importante nos seus dias de lazer.
Luxo, Requinte ou Privilégio?
Pessoalmente, preferimos de longe um bom privilégio, daqueles que nem custam qualquer moeda que seja; ao contrário do luxo que está sempre conotado com gastos avultados em qualquer câmbio, em qualquer recanto deste planeta. 

E umas férias que são um privilégio recheado de requinte? O que são para si?

Esta conversa hoje vai mesmo cheia de insinuações sugestivas de tudo ou de nada só para espevitar as ideias de quem nos lê e levá-los a pensar nas palavras luxo, requinte, privilégio, férias e meditar no que lhe apraz em vez de seguir a onda que está mais na na moda, a mais trendy, a mais in – depois contar-nos como foi, se deu mais resultado, se foi mais ao encontro das suas expectativas.
Luxo, Requinte ou Privilégio?
Por cá costumamos dizer que não gostamos da palavra luxo, por vezes até dizemos que a detestamos mas isso já é uma forma de expressão exagerada… mas há quem goste, e gostos não se discutem.

Montanha, cidade, praia, casinha à beira-mar ou no campo, tenda de campismo ou ficar em casa a relaxar e fazer aquilo que normalmente não consegue fazer nos dias de trabalho pode ser um privilégio cheio de requinte e igual a dias passados num resort de luxo em qualquer parte do mundo, porque no final das férias o importante é chegar à conclusão que na verdade (verdadinha) descansou o corpo e a mente e está preparadíssimo/a para mais uma ano de trabalho.


Luxo, Requinte ou Privilégio?
No Sótão da Gina cremos que as férias devem ser cheias daquilo que melhor se ajusta às suas necessidades e prazer - sejam cheias de luxo, requinte ou privilégio – desfrute da melhor forma. 

domingo, 12 de julho de 2015

Democracia, Liberdade, Libertinagem ou má Educação?

As conversas no Sótão da Gina não têm sido registadas de forma escrita com a assiduidade desejada por falta de tempo e não por falta de temas - esses são muitos e abundam no nosso quotidiano, originando muitas vezes um barulho ensurdecedor sobre assuntos ou quezílias que vão do mais sórdido ao curioso, mas para não cansar quem nos lê, hoje no sótão quase em tom inquietante, falamos e barafustamos sobre democracia, liberdade, libertinagem ou má educação.
Democracia, Liberdade, Libertinagem ou má Educação?
Desengane-se se pensa que vamos falar de política – nada disso – pensamos que meio mundo crê que sabe tudo sobre esse assunto e  expressa-se como tivesse mestrado e isso já chega quanto baste; no entanto achamos que o assunto está melhor entregue aos politólogos já que quanto aos políticos depende...  de resto, os politólogos andaram mesmo a “queimar as pestanas” para perceber do assunto – pena que muitos estejam à partida inclinados para uma lado ou para outro dando assim opiniões pessoais em vez de oferecer teses objectivas e isentas de inclinações, mas adiante!

A interlocutora é do tempo da “não democracia” em Portugal, ou seja, viveu em e sobreviveu  uma ditadura até aos 15 anos – coitada…

Coitada? Nada de coitada – para uma jovem que até era amiga de uma outra jovem cujo pai era funcionário da Pide, e teve uma professora que era esposa de um outro funcionário da Pide e viviam todos no mesmo prédio e visitavam-se e reuniam-se em tertúlias no café da zona, nunca houve o mais pequeno problema! E porquê? Quiçá, porque na altura não havia a cultura do “malhar” na política e nos políticos como passou a haver e vai de tal forma em crescendo que quem não o faz parece não pertencer a este mundo.

Tem-se confundido muito o viver sem liberdade de expressão política com outras coisas que nada têm a ver. Baralha-se tudo no mesmo saco. É a confusão total para quem não viveu esses tempos!

Quem os viveu e não tinha, já na altura, qualquer interesse em falar de política não lhe fez mossa nenhuma, porque na verdade o que fez alguma diferença ou prejuízo para alguns, foi o facto do regime ditador de então,  causar atraso no desenvolvimento do país – ponto final paragrafo e posto de uma forma simplista e directa de uma jovem que viveu esses tempos.

Entretanto tanta água passou debaixo da mesma ponte que o leito já começa a ficar gasto e desgasto de tanto se falar e deliberar sobre a liberdade, e em grande velocidade vai escorrendo deliberadamente, a quem lhe convém (claro está), para a libertinagem, desaguando num pântano de má educação, de quem nunca a teve e não reconhece como um bem essencial de uma sociedade que se diz democrática.
Democracia, Liberdade, Libertinagem ou má Educação?
Se por um lado viver em democracia é algo positivo porque dá direito a cada cidadão de votar e expressar a sua opinião sobre os mais variados assuntos que envolvem a política e políticos, a libertinagem move-se por objectivos meramente egoístas, egocêntricos e mesquinho-pessoais em conjunto com uma má formação pessoal – vulgo má educação = má criação, ou até vulgo muita falta de chá -  é algo altamente tóxico e corrói a sociedade, que a bel-prazer da globalização vai-se multiplicando como se de um vírus se tratasse.

Interesses? – Sempre – os deles, os libertinos  olham apenas para o seu umbigo e esquecem ou não querem saber que viver em sociedade democrática não basta apregoar umas quantas teses sobre ser-se de esquerda, de direita ou de centro - é preciso bem mais que isso – é preciso e urgente ser-se uma sociedade civilizada.

Democracia, Liberdade, Libertinagem ou má Educação?
Aqui no Sótão da Gina não temos nem remédio milagroso nem a cura para o vírus da libertinagem ou má educação em liberdade e democracia, mas que hoje a conversa foi bem acesa e barafustámos que nos fartámos, lá isso não podemos negar. E você que nos lê? Que acha? Nós depois disto, vamos até à praia desanuviar porque estas conversas com tanta mulher a protestar dão uma grande trabalheira e são desgastantes J.


Um resto de bom domingo! 
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