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terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Quem Manda Sou EU

Em criança, muitos de nós,  habituámo-nos a ouvir a frase que está no tema de conversa hoje no Sótão da Gina, e a razão pela qual falamos sobre a mesma é, de facto, para analisar o peso que tem durante o resto da vida de cada um de nós, quando repetidamente ouvimos dizer “quem manda sou eu”.

A interlocutora, nunca usou tal frase para impor quer que seja, apesar de ter filhos  adultos e ter tido alunos,  no entanto enquanto filha e aluna, ouviu a infeliz frase “quem manda sou eu”, ou suas derivantes, que na altura lhe impedia vontades, lhe tolhia passos, lhe cortava desejos e lhe soava a autoritarismo puro, duro, e sem qualquer explicação, sentido ou até necessidade.

Quem Manda Sou EU

Soava antes, soa hoje –“quem manda sou eu” é igual a autoritarismo sem qualquer sentido, mas também pode ser a falta de poder de argumentação, a impossibilidade de explicar os prós e contras, ou a falha em saber implementar a simples pedagogia, contida na ideia de que tudo é possível mas nem tudo é aconselhado.

Razões para a utilização da prepotente frase podem ser várias, e ainda que, para alguns pareça ser porque existe um vazio de conteúdo para dar qualquer explicação, será de lembrar e relembrar que a tirânica frase “quem manda sou eu” pode condicionar a criança, que se vai convertendo em jovem e chega a adulto pensando no peso que a mesma  teve e tem para o seu desenvolvimento pessoal como pessoa que nasce com o seu livre arbítrio, e começa a duvidar -  para que isso serve  - se pela vida fora lhe forem lembrando que quem manda é sempre alguém que não o próprio (!?).

Quem Manda Sou EU
Na sociedade de hoje, em que de maneira geral, se pensa que tudo é permitido, é urgente ensinar e enfatizar que há sempre consequências em todos os nossos actos, em vez de simplesmente achar que se utilizar a frase – quem manda sou eu – vai solucionar o problema.

Há quem aprenda, tal como quem vos escreve, que aquela frase que ouvira sucessivamente seria algo que nunca viria a utilizar quando já tivesse a idade da emancipação de então (18 anos); há no entanto quem considere que se foi vítima da frase quando criança e jovem, deve repeti-la hoje e sempre porque só assim impõe a sua autoridade.

A liberdade de pensamento, o livre arbítrio nas acções - nos objectivos e suas consequências, a diplomacia e boa educação, o apoio no discernimento do que é aconselhável (ou não), devem ser temas prioritários na pedagogia a utilizar, em vez, do débito directo e curto da frase “quem manda sou eu”, que muitas vezes se segue com - e não se fala mais nisso, ponto final!

Quem Manda Sou EU
A pensar, a falar, a explicar é que as pessoas se entendem – e no Sótão da Gina chegámos à conclusão que a frase “quem manda sou eu” é das mais infelizes e a ser evitada no leque de vocabulário de quem quer que seja, mas se entre os leitores houver algum psicólogo gostaríamos de saber a sua opinião!

De qualquer forma cremos que chegou o momento de reflexão sobre o respeito pelo próximo, e assim viver uma vida completamente nova, usando métodos diferentes e pedagógicos.

Como há sempre um polo negativo e um positivo, nesta conversa toda enfocámos mais o negativo, mas a título de encerramento deste raciocínio, que tal pensar que a frase “quem manda sou eu” pode ser bem positiva se precisar ou pretender dar uma ordem à sua vida e disser a si próprio, ao seu eu, ao seu pensamento, que quem manda nela (na sua vida) é mesmo você?  






domingo, 18 de outubro de 2015

Escolhas e a Capacidade de as Mudar

O assunto hoje no Sótão da Gina não é muito consensual, há quem pense que escolhas são para a vida e há quem creia que nas escolhas que faz, pode e deve ter a capacidade de as mudar se assim o desejar ou necessitar, por isso este tema “Escolhas e a Capacidade de as Mudar” vai ser debatido quase taco a taco entre as amigas deste sótão.

Escolhas e a Capacidade de as Mudar
Já quando somos crianças damo-nos conta que uns mudam de ideias facilmente e outros nunca mudam; quando nos reencontramos com amigos do passado achamos muito engraçado ver ex-colegas de escola com os mesmos gostos e até a mesma aparência de quando eram ainda crianças ou adolescentes, e outros que entretanto mudaram tanto que ficam irreconhecíveis aos olhos de quem os visionava e imaginava com outra imagem.

Tudo isto é normal. Tudo isto compõe a diversidade de carácter entre as pessoas. Tudo isto é positivo porque ajuda a um equilíbrio que se quer saudável.

Lembra-se da frase popular: - Se todos gostassem do amarelo? Pois é isso mesmo, é bom haver gostos diferentes, escolhas diferentes e a capacidade de as trocar também, porque só assim se consegue evoluir, subir outros degraus, ver novos horizontes com coragem e determinação, para o assumir e até o justificar se assim for necessário.

Escolhas e a Capacidade de as Mudar
Nada é para sempre, nem a morte – quem acredita na ressurreição bem sabe disso – portanto para quê ou porque amarrar-se a ideias pré-concebidas (?!), de algo que tem que ser assim para a vida se ela se quer evolutiva? Se nos foi concedido um livre arbítrio, porque não podemos conceber  mudar sem que sejamos de imediato criticados e apelidados de adjectivos pouco abonatórios à nossa integridade como por exemplo troca-tintas, mentirosos ou vira-casacas?!

Ter capacidade para mudar as escolhas que fazemos quando nos apercebemos que - ou escolhemos mal, ou aquela escolha já não faz sentido, ou simplesmente, porque evoluímos e já não gostamos nem pretendemos algo que no passado até nos dizia algo, pode não ser fácil porque a sociedade encarrega-se de todos os dias tentar ensinar-nos que devemos seguir regras iguais que normalmente estão conotadas com tradições ou modas.

Não é fácil mudar, nisso todos estamos de acordo e por isso muitos não mudam e acomodam-se numa vida do faz de conta, com padrões repletos de chavões e mais uma vez segundo a tradição ou a moda.

Há quem pense que não se deve mudar porque isso dá ideia de falta de carácter ou em casos mais extremos de dignidade.

Escolhas e a Capacidade de as Mudar
Quem vos escreve pensa mais como Jean-Paul Sartre: “Viver é isso: Ficar-se equilibrando o tempo todo, entre escolhas e consequências”, e atrevo-me a acrescentar que se deve avaliar a par e passo para melhorar o equilíbrio, mesmo que para tal haja necessidade de mudar as nossas escolhas, porque quem ganha não somos só nós mas também quem nos rodeia porque seremos sempre melhores pessoas - e é com este raciocínio que vos deixo depois de um debate bem aceso entre as amigas do sótão sobre escolhas e a capacidade de as mudar, à volta de chás e cafés bem aromáticos num dia chuvoso de Outono com uma cor cinzenta  que promete também mudar amanhã ou depois.


Já agora aproveitem, vejam este vídeo com o tema "Escolhas" de Sara Tavares que de certo modo vem ao encontro do que acabámos de  publicar.

Bom domingo! 


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