segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Paixão ou Razão?

A conversa de hoje no Sótão da Gina é sobre as decisões que as pessoas tomam baseadas na sua forma de ser meramente apaixonada ou racional; e não, esta conversa não é de todo sobre amores e paixões nas relações, mas sim sobre a maneira de ser e estar na vida, em todas as circunstâncias ou questões em que cada um imprime a sua paixão ou a razão.

Paixão ou Razão?
A razão baseia-se em factos e dados concretos para posteriormente avaliar, julgar, planear e decidir o que é benéfico para si. A razão é assim como que uma capacidade calculista, egoísta até, que analisa e mede primeiro os riscos antes de tomar qualquer tipo de decisão.

Já a paixão não mede, não analisa, não pondera, não hesita, nem calcula nada; avalia, julga, avança ou recua conforme a emoção, ou o sentimento do momento, que é quase sempre, fortemente incentivado pelo estado de alma ou de humor.

Assim, pode-se concluir que a razão é egoísta e a paixão exacerbadamente altruísta.

Enquanto que a razão é teimosamente fria e a paixão obcecadamente quente, esta acaba por deixar-se arrefecer quando se apercebe que a razão não se deixa influenciar e caminhar de mão dada.

Paixão ou Razão?
Mas nem tudo é assim frio ou quente; ao que parece, existe como que uma batalha entre a paixão e a razão que por vezes chega a esbarrar no senso comum. Seguindo este raciocínio, a razão empurra-nos a agir de certa maneira, encontrando porém oposição nas nossas emoções ou paixões, tornando-se assim bem difícil a decisão.

Sendo criaturas racionais, perguntamo-nos: - devemos obrigar a razão a controlar as nossas emoções ou agir em conformidade com as nossas paixões? E a nossa resposta é que o ideal é sempre o equilíbrio, (aliás) em tudo, e neste tema também não poderia deixar de o ser.

Paixão ou Razão?
No Sótão da Gina a opinião geral é que - seres racionais mas pensantes que somos, deveríamos encontrar o equilíbrio entre a razão e a paixão – de forma que permitisse o senso e bem comum na decisão, com o mesmo calor da emoção, para nunca ter de decidir entre paixão ou razão.

Enquanto medita neste assunto, visualize este vídeo e pense no equilíbrio entre estas duas vozes que apesar de normalmente cantarem temas diferentes como o Fado ou a Morna,  conseguem enquadrar-se de forma tão perfeita, neste Fado - "Por Sombras Me Dei à Luz" com letra de Fábia Rebordão, musica de Jorge Fernando e interpretado aqui pela autora Fábia Rebordão e Lura, cantora crioula de ascendência cabo-verdiana.




sábado, 12 de setembro de 2015

Um Tempo só Para Mim

Que mulher não disse uma vez que fosse – preciso de um tempo só para mim? A conversa de hoje no Sótão da Gina centra-se nesta frase que é um clamor mais pronunciado pelas mulheres, muito embora, alguns homens sintam também alguma empatia por esta necessidade, e de quando em vez soltem a – “preciso de um tempo só para mim”, por ser uma verdadeira necessidade a qualquer ser humano.

Porque dizemos que esta frase “preciso de um tempo só para mim” é um clamor ou uma necessidade mais das mulheres?

Um Tempo só Para Mim
Porque de maneira geral, são poucos os homens que sabem ou gostam de estar sozinhos a desfrutar da sua companhia, a regenerar energias; normalmente, o tempo livre que possam ter ou do emprego ou das famílias é quase sempre preenchido entre amigos.

A mulher que por regra, vive para além da sua, a vida dos pais, dos filhos e algumas até a dos netos, nem nas férias consegue desligar dessas vidas para ter finalmente o tal tempo só para si, e embora diga mentalmente ou entredentes “preciso de um tempo só para mim” vai deixando que o tempo passe e lhe tome conta de todo o tempo que tem e não tem para os outros, sem lhe restar nada para si.

Um Tempo só Para Mim
De facto, esse tal tempo só para si, nem precisaria de ser muito em quantidade para com qualidade lhe renovar a alma, o ânimo, e retemperar as energias gastas e desgastas no seu cotidiano, quase sempre preenchido pelos afazeres das tais várias vidas, que tomam como também suas, bastasse para tal ela saber desligar.

Um banho de imersão com sais calmantes e bem cheirosos, acompanhado por música especifica para relaxamento poderia ser um começo, ou um passeio à beira-mar inalando a maresia enchendo-lhe os pulmões de novo alento - poderia ser a leitura de um livro no campo e intercalar com um olhar divagante pela natureza – poderia ser de facto qualquer coisa que lave a alma e a liberte da tensão que é viver a vida dos outros que ela ama.

Poder podia, mas muitas vezes não é, não pode ser, porque é ela, a própria, a dita mulher que o impossibilita porque é incapaz de desligar o fio condutor entre ela e os seus ente-queridos, mesmo por pouco tempo que seja.

Um Tempo só Para Mim

Há excepções – em tudo e em todos se encontram excepções – mas de maneira geral a mulher é mesmo assim, e mesmo bradando ou dizendo entredentes “preciso de um tempo só para mim” vai oferecendo de forma altruísta o que tem e por vezes lhe faz falta – um tempo livre para tirar o relógio e usá-lo como quiser.

No Sotão da Gina deixamos a dica – faça algum tempo para si, antes que ele, esse maroto do tempo lhe fuja e anuncie à família que como precisa de um tempo só para si, que o vai começar a desfrutar introduzindo-o como rotina que aos poucos os seus agradecerão porque a verão bem mais feliz.


Como incentivo, aqui vai um vídeo de Kitaro – Silk Road para o tal banho de imersão! Desfrute!

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